terça-feira, 24 de abril de 2012

Chega de Calar


Texto de Opinião Elaborado Por Poliana Nadim.

    É fato que quando falamos sobre violência contra a mulher, tocamos em algo delicado, que requer muita atenção do Estado, dos seguimentos sociais em geral, e da sociedade, pois mesmo com o amparo da Lei Maria da Penha ainda hoje morrem 10 mulheres por dia vítimas de seus parceiros.

     É preciso analisar também que para além da violência física, nós mulheres sofremos de uma forma devastadora uma enorme violência moral, através da mercantilização do corpo da mulher, da ideia de que mulheres precisam realizar as  atividades privadas, enquanto homens assumem as tarefas públicas, e demais formas de analisar a relação entre homens e mulheres pela ótica burguesa, dos dominadores sobre os dominados.

     Um grande exemplo dessa violência são as propagandas de cerveja, que como o comercial machista e racista da cerveja Devassa afirmava: “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira Negra”.

          Considerando os fatos, mulheres do mundo se movimentam através de seguimentos feministas como a MMM -Marcha Mundial das Mulheres, que realiza entre o período de 5 anos a ação internacional, que em 2010 reuniu mais de 3000 mulheres do pais e de fora dele, marchando contra a violência. Foram mais de 100 quilômetros percorridos por elas entre Campinas e São Paulo cantando “Seguiremos em marcha, até que todas sejamos livres”.


Portanto, 


Mulher Lute!





Poliana Nadim, é militante da Pastoral da Juventude, da Marcha Mundial das Mulheres e do Coletivo Kizomba - PR, estudante secundarista em Apucarana, Presidenta da UEA - União dos Estudantes Secundaristas de Apucarana e Vice Presidenta Regional da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) no Paraná.

União dos Estudantes de Apucarana anuncia projetos




A União dos Estudantes de Apucarana, após reunião nesta sexta-feira (20) anunciou alguns projetos que serão realizados pelos estudantes no município este ano.
 
Entidade criada há várias décadas, a UEA participou do movimento contra o regime militar na década de 1960, chegando a ser fechada pelo governo. Foi também através da União dos Estudantes de Apucarana que José Idézio Brianezi e Antônio Três Reis de Oliveira, heróis da resistência ao militarismo no município, começaram sua militância.

 
Reativada no ano passado, a UEA busca trazer de volta o movimento estudantil para Apucarana. Segundo Poliana Nadim, presidente da UEA, agora que a entidade foi restaurada, muitos projetos serão colocados em prática "Estamos articulando com os estudantes secundaristas e do ensino superior de Apucarana para começarmos a realizar ações no município, resgatando a causa e a luta estudantil".
 
Dentre os projetos anunciados, está um festival cultural que ainda está em fase de articulação e que em breve abrirá inscrições para as atrações "Nos reunimos recentemente com o DCE da UTFPR para discutir o festival. Agora estamos procurando finalizar as ideias no papel, buscar patrocínio e fazer acontecer".
 
Um projeto, que já está em andamento, é o de um cursinho pré-vestibular gratuito. Uma iniciativa de trabalho voluntário. Poliana Nadim afirma que a ideia é levar a educaçâo aos estudantes de baixa renda "Muitas pessoas não tem condições de pagar um cursinho preparatório, por isso tomamos essa iniciativa. As aulas serão na sede da UEA, que fica próximo ao Ginásio Lagoão".
 
Poliana também afirma que à partir de agora, a União dos Estudantes de Apucarana passará a ser mais um braço dos movimentos sociais no município "Não queremos ter uma entidade para angariar status e prestígio social. Somos estudantes e estamos aqui para mostrar nossa voz e lutar por nossos direitos", diz.