O 5º EME – Encontro de Mulheres Estudantes da UNE – foi realizado em Camaçari, na Bahia, nos dias 29, 30 e 31 de março de 2013. Reunindo mulheres de todo o Brasil, o evento buscou para discutir nossa atuação nas universidades do país, presença no movimento estudantil, políticas educacionais destinadas às mulheres, necessidade de uma educação não sexista, entre outros assuntos.
Marcando a vitoriosa campanha da diretoria de mulheres da UNE, #SomosTodasFeministas, o EME representa uma construção de unidade no movimento feminista universitário, bem como na luta por um espaço plural de auto organização das mulheres na UNE. Entendemos que as pautas pontuais que nos diferenciam não podem nos dividir na luta central, que é contra o patriarcado. A construção de pautas consensuais nesse 5º EME, como o repúdio à legalização da prostituição e a luta pela legalização do aborto, demonstram o quão acertada tem sido a política da Kizomba à frente da diretoria de mulheres na UNE.
É fundamental haver paridade de gênero nos conselhos universitários e instâncias do ME, como centros e diretórios acadêmicos, DCEs, UEEs e na UNE. Além disso, faz-se importante a construção de uma agenda feminista no movimento estudantil, com a construção de espaços de auto-organização e mistos de discussão de gênero, para que os homens também entendam e apoiem a organização das mulheres, a necessidade de nosso emponderamento no ME, na construção de uma política realmente inclusiva na educação brasileira.
Para nós da Kizomba, a construção da agenda feminista ocupa um papel central. Lutamos por uma universidade não sexista, sem trotes machistas, que paute o protagonismo da mulher na sociedade e a igualdade de gênero. Queremos universidades livres do machismo, do racismo, da lesbofobia! Queremos que a mulher tenha papel chave nas mudanças da educação brasileira! Por isso, acreditamos que a construção do EME, como espaço de auto organização das mulheres estudantes, é prioritária e a unidade das mulheres, de diferentes coletivos em torno de uma agenda central (o combate ao machismo) é crucial para vermos de fato a universidade democrática e popular.
PARA MUDAR A UNIVERSIDADE, SOMOS TODAS FEMINISTAS!!!
Camile Santo